CÉREBRO E RELAÇÕES HUMANAS: Empatia, Liderança e Influência
- Marcela Emilia Silva do Valle Pereira Ma Emilia
- Jul 31
- 13 min read

🧠 Cérebro e Relações Humanas: empatia, liderança e influência
Você já parou para pensar como o seu cérebro influencia a forma como você se conecta com os outros?
Empatia, liderança e influência não são apenas habilidades sociais — são também funções neurobiológicas profundamente enraizadas em nosso funcionamento cerebral.
Cada uma destas habilidades ainda terá um post dedicado a si, porém hoje iniciaremos com uma breve introdução no tema para você comece a desenvolver as suas habilidades.
Assim, neste post, vamos explorar o que a neurociência revela sobre nossas relações humanas e como esse conhecimento pode ser usado, na prática, para melhorar ambientes, liderar com propósito e criar conexões mais autênticas.
💞 1. A base neural da empatia

Empatia é a capacidade de reconhecer e compartilhar o estado emocional de uma terceira pessoa. Para que o sentimento ocorra o invidíduo a ser empático precisar primeiro perceber ou imaginar o estado afetivo de um terceiro (alvo), para que ele sinta, mesmo que parcialmente, os mesmos sentimentos vividos pelo alvo.
Ficar empático envolve também a observação e imaginação do observador para que ative seu estado emocional, e ao fazer isso o indivíduo está ativando no cérebro as mesmas regiões cerebrais que ativaria se fosse ele vivendo tal situação.
Mas para que um indivíduo seja capaz de ter empatia pelo alvo é necessário:
Estado afetivo isomórfico entre obseervador e alvo
Consciência que o estado emocional é do outro
Consciência do é meu vs. O que é do outro
A capacidade empática começa a ser desenvolvida no ser humano desde que começamos a interagir com terceiros. Mas é entre os 3,5 anos e os 4,5 anos que se tem a capacidade de compreender os pensamentos e expressões faciais que fazem com que se tenha uma resposta empática ao próximo.
Não é que já se saiba o que é empatia na infância, mas desde a pouca idade um tipo de resposta empática é observada, existindo três “tipos” de empátia:
Empatia emocional: “sinto o que você sente” – Entender a emoção do outro
Empatia cognitiva: “entendo o que você sente” – Entender o ponto de vista do outro
Preocupação empática: “você não está sozinho” – Agir adequadamente
Essas respostas são mediadas por diferentes regiões do cérebro:
Os neurônios-espelho (descobertos na década de 1990), mesmo que com poucas evidências empíricas que demonstrem o papel efetivo dele na modulação do sentimento da empatia, são ativam áreas motoras e emocionais quando observamos alguém realizando uma ação ou expressando uma emoção. Eles estão mais associados ao mimetismo, ou seja a tendência de automaticamente copiar ou sincronizar as ações, movimentos, posturas, expressões emocionais do outro.
A ínsula, o córtex pré-frontal medial e o giro temporal superior participam ativamente na leitura emocional e na tomada de perspectiva, características básicas necessárias para que a empátia ocorra.
Na verdade, pesquisas da última década procuram compreender como funciona o fenômeno da empatia. Sabe-se que há ativação de áreas cerebrais envolvidas na experiência real de uma situação vivida pelo indivíduo abrangendo os aspectos emocionais e cognitivos.
📌 Exemplo prático:Um líder que consegue perceber sinais não verbais de desconforto em sua equipe e adaptar sua comunicação está ativando essas regiões empáticas, promovendo confiança.
🔗 Complementar:Frans de Waal: Empathy, Morality, and Human Nature (TED)
🧠 2. Liderança

Segundo o neurocientista Matthew Lieberman, o cérebro é um órgão social — ele evoluiu para lidar com relações interpessoais, hierarquias, colaboração e pertencimento.
Na cultura organizacional o papel do líder é o que mais fica em destaque devido a sua exposição e necessidade de inteligência emocional para lidar com diferentes relações interpessoais.
A palavra “liderança” ou “líder” por si só até hoje não tem uma definição exata no mercado, já que ela pode ser interpretada de diversos modos de acordo com o que ela é empregada. Pesquisadores preferem então, cada um dar a sua definição, e há quem diga que existem até 12 tipos diferentes de liderança.
A partir das definições de renomados estudiosos como Kotter (2014) e Bergamini (2009), pode-se compreender a liderança como a habilidade de servir e influenciar os liderados de maneira carismática, promovendo o desenvolvimento de suas capacidades e conduzindo, em cooperação, à realização bem-sucedida de um objetivo previamente estabelecido. O líder por sua vez é aquele que tem que ter habilidades sociais que fazem com que o mesmo consiga conversar e se adaptar a diferentes personalidades, pois ele precisa comunicar as estratégias e metas da organização e ainda mantê-los motivados.
👥 Hormônio-chave: A ocitocina — conhecida como "molécula do amor" — é liberada em quase todos os estímulos sociais positivos e ativa outros neurotransmissores (dopamina, serotonina), fazendo com que a expriência de empatia seja aumentada e fortalecendo vínculos e confiança.
Em uma pesquisa o neurocientista Paul Zak mediu a liberação de ocitocina do subordinado em relação ao seu líder, e ele verificou oito fatores que as organizações podem controlar para melhorar a confiança tanto na empresa quanto no líder:
🧠Ovação
O colaborador gosta de ser reconhecido e gratificado, quando feito na frente de seus pares o eu orgulho e sentimento de pertencimento junto a organização também aumentam
🎯Expectativa
A arte de se criar desafios para o colaborador de forma que faça com que ele se supere e use seu melhor para alcançar o objetivo, demonstra confiança no trabalho dele e o motiva a completar a tarefa
📊Rendimento
Para que o colaborador seja impulsionado para atingir seus objetivos, o seu rendimento tem que ser medido e retornado. O feedback se torna uma ferramenta extremamento importante para que o próprio colaborador possa medir as suas capacidades e se atentar aos seus pontos fortes e pontos fracos.
🔄Transferência
A transferência de conhecimento entre os colaboradores, mas principalmente entre o colaborador e organização, e colaborador e líder, fazem a diferença para o desenvolvimento da confiança, admiração e sentimento de pertencimento dentro da organização
🚪Abertura
O líder estar de portas abertas e disponível para os seus colaboradores demonstra a disponibilidade e desperta um sentimento de paridade nos colaboradores que para “humanizar” o líder
💗Cuidado
O cuidado com o colaborador, desde como se fala, como com pequenas ações (como um “Bom dia” direcionado a ele), e claro atitudes empatia fazem com que o colaborador se sinta parte importante da equipe e valorizado
🌱Investimento
Investir no seu colaborador para que ele se desenvolva tanto pessoal quanto profissionalmente, como incentivo ao cuidado com a sua saúde mental, estudo e aprimoramento de habilidades, demonstra o quanto a empresa se importa com o bem-estar deles
😌Naturalidade
Agir com o máximo de naturalidade possível frente aos seus pares, e subordinados, admitindo suas falhas e buscando ajuda, inspiram a interpessoalidade do líder e da organização, a vulnerabilidade de o líder e a empresa também serem seres humanos como eles, e acrescentam confiança e colaboração ao seu trabalho
A Neuroliderança é então uma ciência que estuda arte de liderar, algo que é subjetivo, que muda com o contexto (e que dependendo do contexto, tal conceito não se aplica!). A liderança então involve um ser humano e seu cérebro que tem que ter a capacidade de regular as próprias emoções para poder conectar-se com outrém e influenciar/inspirar as emoções destes.
Estudos mostram que, partes do cérebro fazem parte essencial desse circuito social dentro da esfera profissional:
A amígdala se ativa em situações de ameaça social (como broncas ou exposição pública).
O córtex cingulado anterodorsal que também é ativado na presença da dor física, se ativa para execução de tarefas de Inferência Futura (pensar e deliberar as consequências) e na dor social.
O estriado ventral responde a recompensas sociais (elogios, aceitação).
O córtex pré-frontal dorsolateral regula comportamentos em grupo e media decisões éticas.
Algo que tem que se chamar muito a atenção é sobre a Liderança Tóxica, como sempre alertou a jornalista especializada em neuromarketing Alessandra Assad:
“Portanto, não temos como fugir das emoções. Elas são parte da confição humana e inerentes a qualquer meio empresarial. Elas têm impacto na função e de desempenho dos indivíduos em seus abientes de trabalho. (...) A habilidade de um líder em manipular os sentimentos tóxicos de até mesmo um mmebro de sua equipe pode afetar uma organização inteira.
Dentro das empresas o fato pode ser ainda mais grave quando a toxina for mais intensa e duradoura e não for percebida a em tempo. Isso pode acabar com o processo de crescimento da empresa e do indivíduo”.
📌 Exemplo prático:Líderes que inspiram, ao invés de controlar, estimulam áreas cerebrais associadas ao prazer e à motivação. Isso não é “só psicológico” — é literalmente biológico.
🔄 3. Influência e contágio emocional

Você já entrou em uma sala e “sentiu o clima”? Isso tem nome: contágio emocional.👀Nossos cérebros leem expressões faciais, tons de voz e posturas corporais e, de forma automática, tendem a imitar e internalizar essas emoções.
A neurociência mostra que:
A oxitocina fortalece laços sociais e confiança.
A dopamina está associada à motivação e recompensa social.
A serotonina regula bem-estar e afeto.
Em outras palavras quer dizer que durante a vida modulamos as nossas emoções de acordo com o que interagimos com o ambiente, criando o nosso parâmetro dos nossos sentimentos positivos e negativos. E na vida real algumas respostas comportamentais são reflexos já condicionados por essas experiências agradáveis ou aversivas.
O comportamento humano, então, é um vetor resultante da emoção (elemento base da sobrevivência) e razão (elemento que integra a emoção ao contexto social e civilizatório). E o contágio emocional é uma resposta à um ambiente em que um indivíduo está inserido e os seus neurônios espelhos “captam” o que está acontecendo e sem que tenha necessariamente essa simbiose entre a emoção e a razão.
📌 Ex.: Em um berçário um bebê começa a chorar e depois de 1 minuto, todos estão chorando (neurônio espelho – sem relação emoção-razão) vs. Um professor de universidade que percebe um aluno com dificuldade em entender o tema e para não dirigir-se somente ao aluno envolve toda a classe na recaptulação da matéria (neurônio espelho – relação emoção-razão, sentiu e pensou em como agir).
Na teoria, o contágio emocional é muito parecido com a empatia e o mimetismo, mas esse tema do contágio emocional sempre foi um tema que desperta interesse neurocientífico e tem uma relação muito próxima com a Teoria da Mente.
A Teoria da Mente faz referência a capacidade de as pessoas preverem os comportamentos das outras pessoas, baseado nas suas experiências anteriores, entendendo que os outros tem crenças, desejos, intenções, escolhas, emoções e percepções diferentes da delas. E a teoria da mente não só permite dar visão a previsão de um possível clima do ambiente ao qual a pessoa pode vir a estar inserido, mas também a evitar que tais desconfortos aconteçam. Tal teoria permite que os indivíduos descubram os próprios estados mentais para se autoperfeiçoar, mas penetrar interpretar as crenças alheias as suas e entender quais são os possíveis caminhos a se percorrer para se chegar a um determinado estado mental.
Quando se está na presença de outras pessoas o comportamento do humano é moldado de acordo com o ambiente, acontece tanto o contágio emocional com toda o ambiente sinestésico* que está ali envolvido até a teoria da mente, prevendo o que vai acontecer, saber o que é verdade ou mentira, se está agradando ou não, mas principalmente para saber se estar “ali” fará bem para o seu “eu social”.
📌 Exemplo prático da influência e contágio emocional:Um gerente que começa o dia com rigidez influencia negativamente. Mas uma equipe receptiva pode ajudar a reverter esse clima, promovendo segurança.
🔗 Complementar:Amy C. Edmondson: Psychological Safety at Work (TED)
*Sinestesia: experiências múltiplas e integradas da audição, visão, olfato, tato, paladar – ou seja, uma mistura rica e sensorial de tudo que está envolvido no ambiente para criar o sentimento (música, cheiro da comida ou do perfume de alguém, dimerização da luz, toque do folheto, “sabor” da água)
🔗 4. O cérebro precisa de conexão

📉Estar socialmente isolado não é apenas triste — é biologicamente doloroso.
Um estudo de Naomi Eisenberger (2003) mostrou que a rejeição social ativa a mesma área do cérebro que responde à dor física: o córtex cingulado anterior.
Os seres humanos são animais 100% sociais🧬! A percepção de pertencimento a um grupo, o sentimento de inclusão social são essenciais para uma vida saudável. Inclusive o nosso indíce de encefalização* é que nos permite ter a flexibilidade cognitiva.
Ter nos diferenciado na cadeia animal, ir além do aprendizado dos movimentos, locomoção e funções vegetativas, quer dizer, ter a conversa do tronco cerebral com o córtex cererbal através do tálamos nos permitiu habilidades sociais como:
Aprender o comportamento adaptativo
Entender o que é passado, presente e futuro
Internalizar a mente alheia
Ter consideração pelos outros
Saber que a cultura transcende o indivíduo
Hoje sabe-se que cérebro o sistema mais complexo do mundo. São + ou – 10.000 genes que produziram + ou - 86 bilhões de neurônios que cada um promove + ou – 10.000 sinápses (1 neurônio conversa com outros 1.000 a 10.000 neurônios) que promovem um total de + de 1 trilhão de sinápses no cérebro humano. Porém, isso só é possível pois desde quando o cérebro começa a ser formado é umam matéria bruta a ser esculpida pelas relações sociais.
O processo de transformação e lapidação do cérebro ocorre interamente pela assimilação das informações que vem do ambiente ao seu redor conforme o cérebro é usado. E esse processo de transformação é ineterrupto! Começou lá na barriga da mãe, que é uma interação social entre a mãe e o bebê, ou a voz do pai que “conversa” com a barriga da mãe, ou quando ele estava sendo formado e recebendo as primeiras informações do ambiente que ele estava inserido (barulho do coração da mãe, por exemplo) como da genética (faça seu coração bater).
Por isso, sabe-se desde os nossos primórdios que somos seres sociais e que precisamos da comunidade, da comunicação por sermos seres muito sensíveis. E é por isso que a dor social afeta tanto o ser humano. A forma como uma mensagem é entregue pode ter maior impacto do que a mensagem em si.
No mundo atual onde há a perda do contato pessoal para a troca com o virtual tem causado confusão pela troca do foco para o virtual, pois a verdade tende a ficar “escondida” atrás da dela a depender do receptor a interpretação da realidade e entonação da mensagem. No caso, o indivíduo está tendendo a piorar o processo analítico e fica “mais burro” em relação a lidar com as dificuldades. E infelizmente não é a tôa que hoje vemos mais casos de pessoas deprimidas, solitárias e que não sabem lidar com a frustação e falta de instâneidade da vida real.
⚠️A dor social é um paralizador na vida de uma pessoa. No cérebro é levantado um sinal para parar tudo e não fazer mais nenhum trabalho analítico até que este indivíduo vá concertar suas relações sociais, ou o mesmo ficará ruminando este sentimento e optando por suprir essas necessidades de formas nocivas.
🎯Por isso, é importante saber:
Feedbacks agressivos ou mal formulados ativam a amígdala, gerando defesa e bloqueio emocional.
Relações de confiança ativam o circuito de recompensa, aumentando o engajamento e a criatividade.
🎉 Conviver faz bem! Estar com amigos ativa sistemas cerebrais mais do que ganhar dinheiro.
📌 Exemplo prático:Ambientes com segurança psicológica estimulam a colaboração, enquanto ambientes onde há medo crônico afetam memória, atenção e performance.
🔗 Complementar:Eisenberger et al. (2003) – Does rejection hurt?
*O índice de encefalização é uma medida que compara o tamanho do cérebro de um animal com o esperado para seu tamanho corporal.
🛠️ 5. Aplicações práticas para o dia a dia

A boa notícia: com conhecimento, podemos usar a neurociência para melhorar nossas relações. Aqui vão algumas sugestões:
🌬️ Regule suas emoções
Antes de influenciar os outros, aprenda a reconhecer e lidar com suas próprias reações. Técnicas como respiração consciente e rotinas de regulação emocional ativam o córtex pré-frontal.
⚙️Coloque-se no lugar do outro (intencionalmente)
Antes de agir, pratique internamente se perguntando “Como eu me sentiria nessa situação?” ou “Como eu gostaria de ser ajudado bessa ituação?”. Também treine o ponto de vista do outro lado em conflitos, isso pode evitar desgastes desnecessários e criar ambientes mais seguros.
🔬Exercite a leitura emocional (facial e corporal)
Observe as expressões faciais e corporais, e também o tom de voz das pessoas quando elas se comunicam com você com plena atenção tentnado nomear essas emoções que você percebe nos outros. Isso estimula o córtez pré-frontal medial (área da Teoria da Mente) e permite que você crie melhores relações com as pessoas ao seu redor.
👂 Pratique a escuta ativa
Olhar nos olhos, acenar com a cabeça, dar pausas e validar a fala do outro estimula conexões empáticas reais.
🤝 Construa confiança (não medo)
Lideranças que se baseiam no medo ativam o sistema de defesa. Já a confiança ativa o sistema de recompensa e motivação.
🎧Desenvolva a comunicação
Pratique sua comunicação, a neurolinguagem, usando palavras mais motivadoras e corretas para o momento sem que cause dores sociais ou um feedback negativo sem impacto positivo. Use a formula comportamento + impacto + sugestão, isso sempre funciona e ativa o sistema de recompensa do outro.
🌀Aumente sua autoconciência emocional
Todo o dia faça um check-in de como você está se sentindo, pergunte-se “Como estou me sentindo nessa manhã?”, ou após algum estresse, permita-se ter um tempo para respirar. Reconhcer as próprias emoções evita as reações automáticas (sequestro da amígdala).
🧘♀️ Use microcomportamentos conscientes
Tom de voz, postura corporal, tempo de resposta… Tudo comunica. E tudo é lido pelo cérebro do outro.
👶Faça higiene emocional
Troque de ambiente, faça pausas após reuniões ou momentos de dificuldade para que você descarregue, descontamine o seu cérebro e volte a elevar seus níveis de ocitocina, serotonina e dopamina.
🧪Evite mimetizar automaticamente
Cuide para não imitar porturas ou expressões, não sabemos se aquele comportamento está sendo tóxico ou não para o ambiente. Fique com a sua naturalidade comportamental e peça por feedback sobre você para ver no que precisa melhorar ou não. Isso vai impedir que as emoções, comportamentos alheios se tornem seus.
🔗Faça conexão segura
Sempre tenha alguém de confiança com quem possa conversar – nomear/compartilharcom alguém as dores e alegrias ativas os circuitos de regulação cerebral e corporal liberando ocitocina e aliviando o estresse.
🛠️Tenha micropropósitos
Além de fazer àquilo que já é do seu cotidiano, adicione microprópositos, algo pequeno mais significativo como ajudar um idoso a atravessar a rua, organizar suas roupas, ou apenas elogiar o cabelo da sua colega. Pequenos atos de bondade elevam nossos circuitos de recompensa ao perceber a gratidão do próximo, mas também a restaurar o senso de controle e recompensam o cérebro com dopamina e serotonina.
✅ Conclusão

Relações humanas são, antes de tudo, neurobiológicas.
A empatia, a liderança e a influência que exercemos no mundo não vêm apenas da nossa personalidade — mas da forma como nosso cérebro foi moldado e continua a se moldar com cada experiência social.
Entender o próprio cérebro é se abrir para entender também o outro.E cuidar das conexões é cuidar da saúde, da cultura e da performance de todos os envolvidos.
Você influencia mais do que imagina — e pode fazer isso com mais consciência do que nunca.
📚 Referências
Assad, A. (2017). Liderança Tóxica.
Herculano-Houzel, S. (2020). E a evolução criou o cérebro humano... Aula da PUC-RS
Gameiro, T. (2018). Neurociência e Comportamentos Complexos – Neurociência Social. Aula ESPM.
Gameiro, T. (2018). Neurociência e Comportamentos Complexos – Empatia. ESPM.
Gameiro, T. (2018). Neurociência e Comportamentos Complexos – Neurociência Organizacional. ESPM.
Lieberman, M. D. (2013). Social: Why Our Brains Are Wired to Connect.
Goleman, D. (2006). Social Intelligence: The New Science of Human Relationships.
Decety, J., & Jackson, P. L. (2004). The functional architecture of human empathy. Behavioral and Cognitive Neuroscience Reviews.
Eisenberger, N. I., Lieberman, M. D., & Williams, K. D. (2003). Does rejection hurt? PNAS, 100(8), 2962–2967.
Comments