UMA BREVE HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA: Do Egito Antigo ao Mapeamento Cerebral
- Marcela Emilia Silva do Valle Pereira Ma Emilia
- Jun 24
- 3 min read

🧠 História da Neurociência

Neurociência: você sabe o que é? E de onde ela vem?
A neurociência não é medicina.
Não é coaching.
Não é psicologia.
É ciência.
Apesar de compartilhar fundamentos com a medicina, práticas semelhantes às do coaching e raízes na psicologia, a neurociência é a ciência do neuro — ou seja, o estudo do cérebro e do sistema nervoso.
Para entender verdadeiramente o que a neurociência faz, é preciso conhecer um pouco da sua história.
🧬 Das origens ao nascimento da ciência

O primeiro registro clínico conhecido sobre o cérebro vem do Egito Antigo, por volta de 1600 a.C. O Papiro de Edwin Smith descrevia casos de traumatismo craniano, revelando que médicos egípcios já sabiam que lesões no crânio podiam causar prejuízos motores e cognitivos. Foi o primeiro passo na longa jornada de exploração do cérebro.

Já na Grécia Antiga, em 400 a.C., Hipócrates propôs que o cérebro era o centro da inteligência — contrariando Aristóteles e a crença popular de que o coração era o centro das emoções humanas. Porém, essa ideia enfrentou tanta resistência que o próprio Hipócrates voltou atrás.
🧪 Do renascimento à neurociência moderna

Com o avanço da Igreja, o progresso científico ficou estagnado por séculos, restando a médicos islâmicos e poucos europeus a missão de preservar os textos antigos.
Foi só no século XVI que Andreas Vesalius, médico e anatomista, fez descrições anatômicas precisas do cérebro — ainda sem o uso de tecnologias modernas.
Mas o verdadeiro nascimento da neurociência moderna aconteceu no século XIX, com cientistas como:
Franz Gall e a frenologia (hoje considerada pseudociência);
Paul Broca, que identificou a área do cérebro ligada à fala;
Santiago Ramón y Cajal, pai da neurociência moderna, que demonstrou que o sistema nervoso é formado por células individuais (neurônios);
Charles Sherrington, que introduziu o conceito de sinapse.

🔬 Século XX: imagens do cérebro e novos campos

A partir do século XX, com o avanço da eletrofisiologia e da neuroimagem (EEG, fMRI), foi possível observar o cérebro em funcionamento em tempo real.
Descobertas importantes incluíram:
As funções específicas de áreas cerebrais
A neuroplasticidade
Os neurotransmissores como dopamina, serotonina e acetilcolina
Isso levou ao surgimento de áreas como:
Neuropsicologia
Neurociência Cognitiva
Psicofarmacologia
🌐 Século XXI: fronteiras com a tecnologia
Com o Projeto Genoma Humano e iniciativas como o Human Brain Project e o BRAIN Initiative, a neurociência deu saltos em direção ao futuro.
Embora se estime que conhecemos entre 20% e 30% do funcionamento cerebral em profundidade, há muito a explorar — especialmente nos campos integrativos, como:
Emoções
Consciência
Subjetividade
Experiência humana
Avanços recentes levaram ao surgimento de novas disciplinas, como:
Neuroeducação
Neuroética
Neuroeconomia

Hoje, vemos a neurociência na linha tênue entre ciência e tecnologia: da inteligência artificial aos implantes neurais.
💬 Conclusão
Apesar de todos os avanços, a grande missão da neurociência continua:compreender como o cérebro gera a mente humana —e como aplicar esse conhecimento de forma ética e transformadora.
Quer saber mais sobre neurociência?Me segue aqui no Mind the Brain!Compartilho conteúdos com base científica, acessíveis e sempre com propósito.
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